Minha História - volume 3

Quanto tempo você acha que ainda vai viver?


Quantas vezes você hoje meditou sobre a Vida?

Quantos minutos você hoje caminhou sem pressa?
Quanto tempo hoje você acariciou teu corpo e tua alma?
Quais os alimentos saudáveis que você vai comer hoje?
Tem seguido o que te pede o teu próprio coração?
Quanta gostosura existe nos teus atuais relacionamentos?
Quais são as coisas novas que você aprendeu hoje?
Quantas pessoas você hoje abraçou de verdade?
Quantos livros você está lendo?
Quando foi o teu último grande êxtase?

Quantas vezes hoje você pensou no Amor?
Quantas vezes você hoje ajudou alguém?
Quanto de prazer e de alegria o teu trabalho proporciona?
Hoje, quais as coisas boas que você já fez ou vai fazer?
Como vai a liberdade dos teus amores?
Terá tempo de contemplar a lua e as estrelas?
Tem olhado os pássaros do céu e os lírios do campo?
Como anda o teu Planejamento Estratégico Pessoal?
Quantos anos você supõe que ainda vai viver?
Como vai a tua própria Liberdade?
Quais são os teus Sonhos?

O que é que você quer da Vida?







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Novo livro meu a ser lançado em Setembro de 2025.



O que eu escrevo é para ser lido sem pressa. O que eu escrevo é para se ler no ônibus, no metrô, no táxi, no avião, na Rodoviária. No banheiro... No hotel. Na cama. No café da manhã. Na praia, no parque, no quintal. No colo amoroso de um grande amor. O que eu escrevo é para ser lido num domingo à noite. É para ser lido na viagem. O que eu escrevo é para ser lido na Vida. Calmamente. Sem pressa.

Experimente-me.


Sinta a gostosura da minha língua portuguesa.




Toda noite, quando abro meus olhos para dormir e acomodo meu cérebro num travesseiro de flores, concedo a Deus alguns momentos de atenção. Ele então, agradecido, acende seus belos refletores de vertigem sobre mim, para que eu veja encantado no verso das pálpebras a imagem gloriosa do dia que acabei de viver. Minhas noites começam sempre assim. Principalmente agora, que da vida só temos o resto.
"Memento mori" — sussurra-me Deus.
Comigo ele fala em latim.
É fatal.
Olho então na engrenagem do espelho profundo que trago no peito, e fico fazendo reflexões. E quase sempre me pergunto:
— Será que existe outro modo bom de se viver?
Fico pensando, e acabo sonhando.
(...)


A seguir uma obra que eu desenhei para a empresa
Fizemos mais de 140 obras.


São Paulo.

Inspirado nos Jardins da Casa Azul da minha Mãe, eu desenhei a estrutura desses canteiros e também escolhi a jardinagem.



Planejamento cuidadoso, disciplina absoluta e flexibilidade conceitual. Sócios brilhantes, capital de sobra, e um excelente sistema de informações. Marketing eficiente, prospecção de mercado, intensa captação de clientes, competência operacional, e boa estrutura administrativa. Comunicação constante. Parceiros confiáveis. Ampla terceirização. E uma rotina de pós-venda de primeira classe. Eis os fundamentos para o sucesso de uma empresa que certamente será grande.


Click na imagem para ver os recursos.



Sou minha própria liberdade e tudo aquilo que permite. Sou a luz do meu caminho, sou meu passo, meu galope, meu próprio cavalo, meu cansaço, meu repouso, minha luta e minha dança. Meu sono e meu despertar, minha garganta e minha voz. Sou as palavras que profiro e até mesmo as que eu não digo. Sou a paz, harmonia que se reparte, como tudo, sou aquele que fica e o que parte, o que supõe — e o que dispõe. O criador e a criatura. O coração do cisne negro, as asas do pássaro no voo, o vento e a vela.



O sopro é o Espírito.



Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.

Aproveite para ouvir as músicas temas:
"Walk on the Wild Side" — de Lou Reed, e "Vagabond" — de Wolfmother.




Assista.



Em todos os meus livros a ideia básica é a seguinte: Existe um modo racional de tomar decisões. Sejam estas amorosas, comerciais, familiares ou profissionais. E se existe um modo racional, as pessoas não deveriam ter razões (motivos) para tomar decisões de modo irracional. Tal atitude nunca será logicamente recomendável. Portanto, no fundo, é uma demonstração de burrice. 





Ou você segue o caminho da Tristeza,
arma-se de medo e de falsas alegrias,
arma-se de angústia, fecha os olhos, se acomoda,
e segue o rebanho dos que não sabem;
obedece a regras injustas, não reage, não questiona,
não se aprimora, não lê, não significa,
nem percebe o absurdo em que se mete.
Vende a própria natureza
por duas ou três moedas de aço,
troca a inocência pela responsabilidade apressada,
torna-se respeitável aos olhos da sociedade,
cumpre horários, nunca tem tempo,
preocupa-se com coisas banais.
Comerciante das próprias emoções — já não brinca,
vive correndo, ama com pressa,
esquece-se da lua,
e se torna uma pessoa média, mediana, medíocre,
pequena, cansada e normal...


Ou você escolhe o caminho da Ousadia,
compreende, se aprofunda, vai mais longe, realiza,
respeita o ser humano que existe em você mesmo,
resgata a própria vida e o sorriso,
rompe de vez com o passado agonizante,
procura defender a verdade, a justiça e a poesia,
acorda e assopra o fogo da alma que dormia,
cavalga o cavalo negro, cego e alado
das paixões gostosas e sublimes,
enche o peito de coragem, corações e relâmpagos,
acende de novo esse vulcão que é o teu corpo,
deixa a própria cabeça plena de agora,
de ternura e de vertigem,
e parte em busca de Aventura, de Amor e Liberdade.


É uma simples questão de escolha.


Qual é o teu caminho? 







A ousadia move o mundo.



A certeza absoluta é uma característica dos imbecis.
Suponho.


As grandes inteligências conseguem considerar duas ou mais visões diferentes, contrastantes — ou até contraditórias — de uma mesma questão, analisá-las ambas ou todas em conjunto, de forma refinada, rigorosa e simultânea — e não preferir nenhuma delas até que alguma conclusão racional satisfatória e logicamente defensável se apresente.

Fora disso é chute.




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Elas ficam mais brilhantes ainda...


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Eis minha primeira obra na área de construção civil, feita em 2005, e cuja garantia de vinte anos vence em fevereiro de 2025. O respectivo laudo será emitido, e uma cópia será publicada AQUI ou no site da NorteSul.
 

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Que um dia me disse
Não se case!!!

A propósito...



Um casamento jamais será opressivo (ou torturante) — se os casais abdicarem da sua tão querida liberdade pessoal. Suprimida esta, preferencialmente de forma consensual, a harmonia se instala na relação. O sentimento de opressão só advirá se pelo menos um dos parceiros continuar amante da liberdade. Afinal, ninguém se casa para ficar mais livre. Seria uma contradição... Nesse sentido, requer-se apenas uma verificação do custo/benefício: quanto perco da minha liberdade pessoal — e quanto posso ganhar em outros campos. Quanto prazer pode me dar uma possível reclusão. Quanta segurança. Quanta garantia. Quanto sossego. Quanta tranquilidade. A gaiola é bonita? Tem comida? São essas algumas das questões que se podem levantar para entender uma relação de amor.

Toda relação é restritiva — por definição. O que varia é o grau de restrição e os propósitos mútuos dos que se relacionam. Mesmo as relações comerciais são restritivas, posto que fundadas em mútuas concessões. Eu te dou um desconto — e você só compra de mim. No casamento ocorre a mesma coisa. Eu tolero a tua cerveja e o futebol, e você não reclama por me ver descabelada. Eu só transo com você, e você não sai com mais ninguém. Você me dá um desconto, que eu te pago à vista. E por aí vai.

É uma troca, simplesmente.

Também influem os objetivos imediatos ou remotos de cada um, além da sua (i)maturidade emocional. Emprego está difícil, vou me casar. Quero ter um filho, e preciso de alguém que o produza, eduque, ou sustente. Quero sair da casa dos meus pais. Quero morar com meu atual namorado ou namorada. Quero alguém para ser a projeção da minha mãe. Quero ajudar alguém. Quero que alguém me ajude. Quero ter a chance de exercer minhas ganas autoritárias. Quero constituir uma família. Quero ser respeitável. Quero voltar a ser santa. Quero uma empregada doméstica. Quero seguir a tradição. Enjoei do meu estado civil original. Quero reproduzir a relação dos meus pais, exatamente igual — ou corrigindo-a. Quero mudar de vida. Quero melhorar a vida. Estou apaixonada. Quero desperdiçar minha vida. Cansei de ser livre. Quero me regenerar. Quero fazer uma grande besteira. Quero fazer uma besteira monumental. Nosso casamento será diferente. Quero fazer amor todo dia. Quero ser feliz. Quero engordar. Quero foder a minha vida sexual... Etc.


Como se vê, razões para casar é o que não falta.


Porém, no casamento tradicional, há quase sempre um componente meio maldoso que, contraditoriamente, estraga muito a relação — exatamente para tentar mantê-la em pé: ou seja, o ciúme. Mas aí já é outra história. /// No livro Solidão a Mil eu escrevo algo mais sobre essa minha tese.




Texto originalmente publicado em Abril de 2008 - Guarujá, quando eu estava reformatando meu quinto casamento. Em verdade, refinando a relação. Para que aquele amor não morresse no Pico. Como aliás não morreu, posto que cada um de nós prosseguiu, livremente, no seu respectivo e amoroso caminho florido.




Eu não quero ensinar nada a ninguém. Não quero ser mestre nem me chamo Buda. Só quero provocar intelectualmente as pessoas criativas, como espero você seja. Quero esmagar todas as convicções, especialmente as minhas, mas principalmente as tuas. Em verdade, eu não quero muita coisa: só quero abraçar a metade do infinito, e fazer o sol nascer redondo aqui no céu da tua boca. Quero amar a Liberdade, saltar profundo, e viver a Vida. Dançar abraçado a Nietzsche na corda bamba de seda à beira do abismo lógico. E sempre colocar meu coração no bom caminho -- ou seja, no caminho da perdição gostosa e da alegria desgovernada.



Click aqui para ver
A Primeira Noite de Um Menino

Quando a primeira paixão da minha vida começou a incendiar-me o peito, tornei-me um serzinho sensual e amoroso full-time. Transformei meu coração num sol inesgotável, fiquei de pauzinho duro, e pensei que todas as meninas e mulheres do mundo se chamariam Marina.

Eu tinha sete anos — completíssimos — e às vezes eu morava com minha bis-a Vó Vitalina. Que só foi morar em Itararé por causa da paixão maravilhosa que ela, aos treze aninhos de idade, despertou no meu bisavô Luiz Marques. Tudo por acaso.



E eu fico aqui pensando sobre meu Bisavô Luiz Marques...


Antonio Abujamra interpreta aqui o poema sobre meu bisavô.



SOU BISNETO DA REBELDIA


Meu bisavô, aos sessenta e dois anos de idade, na década de trinta do século passado, abandonou tudo e apareceu por aqui trazendo no colo uma adolescente chamada Vitalina Maria de Jesus. Um despropósito, disseram todos. Mas o verdadeiro rebelde não hesita entre viver e morrer. O velho Luiz Marques, atolado numa estabilidade massacrante, não havia desistido de procurar aquela coisa que atende pelo singelo nome de felicidade.

Gastou janeiro fazendo planos, um mês inteiro ouvindo vozes, que nem Moisés. E aquela menina passando ali, na frente dele, feito convite, descalça, vestidinho de chita, cabelos soltos, meio ressabiada... Os peitinhos despontando. Então o fazendeiro abandonou tudo: as propriedades e as impropriedades que a elas se ligam, a esposa controladora, os filhos perplexos, as fazendas, as noras, os netinhos, os novilhos e as velhas emoções.

Tudo por causa de Vitalina.

Por aquela menina delicada ele daria o mundo. Por ela, e pelo que então simbolizava aquele amor, ele abandonou mais de mil cabeças de gado e todas as certezas que lhe haviam dado como herança. Era um autêntico rebelde: acabou trocando o futuro garantido e certo, porém morno, por um presente delicioso e faiscante.

Jogou fora o velho baú de premissas usadas, quebrou as algemas — e caiu na Vida. Trocou um milhão de verdades antigas por uma pequena mochila de sonhos. Porque, você sabe, não dá para salvar a alma sem antes salvar o corpo. E o que mais excita o ser humano é a possibilidade aberta de uma nova vida. O respeitável senhor Luiz Marques tomou aquelas decisões que só os grandes homens conseguem tomar: montou o cavalo negro do risco absoluto e partiu! Pois ele também já sabia que o único crime que não tem perdão é desperdiçar a vida. Abandonou tudo para não ter que abandonar a própria existência naqueles caminhos já percorridos.

Não fosse por isso, eu não estaria aqui, agora, à beira do mar, tomando um belo copo de vinho branco e contando essas coisas todas pra você.

Sou portanto bisneto da rebeldia.

Sou bisneto da rebeldia, neto da emoção, filho da loucura, irmão do desejo, primo do prazer, amigo da liberdade, e amante de todos os meus amores.

E existo, por incrível que pareça. No céu da minha boca não há fogos de artifício. Só estrelas.






O texto acima, escrito em 1988, abre meu livro Manual da Separação, posteriormente reeditado com o título Beijos No Céu Da Boca. Caso queira saber mais, click na imagem da capa:



Como é belo sermos trapezistas nesse circo em que nossa vida se transforma! Às vezes estamos na corda bamba, às vezes fazemos papel de palhaços, às vezes rimos dos outros palhaços, outras vezes rimos de nós mesmos, e ainda muitas outras vezes enfrentamos as feras. Mas vivemos sempre lá em cima, trapezistas da nossa própria existência, bailarinos da nossa própria esperança. Muitas vezes tiramos até as redes de proteção para que o risco seja maior que o riso, para que nossos saltos sejam mais emocionantes e mais altos, para que a aventura seja ainda mais perfeita e mais profunda.

E se um dia nós voarmos de encontro ao chão, isso não terá nenhuma importância maior, porque também viveremos a emoção da própria queda. Quem cai por amor à vida, cai sempre para cima.

Em nome da vertigem, toda queda tem poesia.



Foto feita por mim na Rodovia Castelo Branco em 2017.

Aceitar, em princípio, as suposições racionais eventualmente contrárias às tuas, feitas pelo Outro a respeito de uma determinada questão, não significa, necessariamente, o abandono das tuas próprias sobre a mesma questão.

É só um gesto de
elegância filosófica.



Volume 003



Ontem (09.12.24 - o mesmo dia em que conheci R, a menina mais bonita do Brasil) eu tive minha ideia 1321, que é um Sensor Reversível de Campo Elétrico. Muito mais refinado do que isto. A ideia básica pode ser vista AQUI



A vida é muito curta.

Isto é fatal.

Mas,
se eu pudesse começar de novo,
tomaria certos cuidados que nem sempre tomei:
Jamais teria permitido que me prendessem,
ainda que em nome do amor.


Teria quebrado as correntes logo no início.

Teria tido menos pressa
e mais coragem.

E nenhum sentimento de culpa.

Daria valor secundário
a todas as coisas secundárias,
e consideraria secundário tudo aquilo
que não tivesse o efetivo poder de causar
mudanças significativas no rumo
da minha vida.

Todas as manhãs começariam
com meditação, orgasmo e frutas leves.


Se pudesse começar de novo,
dançaria muito mais
do que dancei,
e brincaria muito mais do que brinquei.

Minha Vida seria uma festa...

Se pudesse mesmo começar de novo,
seria mais espontâneo.

Seria mais ousado:
A ousadia move o mundo.

Desobedeceria
todas as regras injustas,
e afastaria os preconceitos e a hipocrisia.

Procuraria respeitar sempre
o Deus de cada um.

Teria viajado muito mais do que viajei.

Correria mais riscos.

E teria tido seis milhões de amores profundos...

Se eu pudesse começar outra vez,
iria aprender com os erros dos outros,
e com os acertos também.

Andaria mais leve:

não levaria comigo nada que fosse
apenas um fardo.


Não teria desperdiçado tanta vida
e tanto tempo.


Não teria tentado salvar todo mundo.

Amaria muito mais a liberdade.

Viveria cada minuto
como se Deus
derramasse flores e estrelas na minha cabeça.

Tentaria uma coisa nova
todos os dias.

Em tudo que fizesse colocaria
mais Poesia,
mais Amor, mais Alegria.


E teria feito a opção de ser feliz
muito mais cedo
do que fiz.


Edson Marques

Manual da Separação
página 71



Este meu texto (apenas o tema) foi inspirado num poema chamado INSTANTES, erradamente atribuído a Jorge Luís Borges. Veja detalhes AQUI e também no Jornal de Poesia. (uma explicação.)



Eu optei por ser feliz aos doze anos de idade. Já lia muito, inclusive Pitágoras, Neruda e Karl Marx, mas não foram (só) esses três que iluminaram os meus caminhos. Eu olhei para os lados, e vi a vida sem graça que as pessoas do meu meio viviam. Aquilo me chocava. Eram pessoas infelizes, que só reproduziam relações antigas, só seguiam as regras. Acomodadas e passionais. Então, analisei as circunstâncias, vislumbrei um futuro, estudei ainda mais — e tomei a decisão. Conscientemente. Elaborei um Plano de Salvação. E o segui à risca. Com disciplina, com amor, com muita leitura, com estudos profundos, com determinação.

Deu certo.

Esse poema, portanto, não foi feito para mim, pois a a maior parte do que ali se diz eu já faço desde que me conheço por gente. Cometi alguns erros, é claro. Liguei-me quatro ou cinco vezes a pessoas ciumentas, e sofri por manter tais relações por períodos demasiado longos (no total dessas relações, perdi uns três ou quatro anos de vida). Por descuido, também tomei algumas decisões equivocadas, em outras áreas, mas tudo se resolveu (maravilhosamente bem) a seu tempo. O que lamento mesmo, e lamentarei até o fim dos meus dias, é ter perdido aqueles quase três ou quatro anos com pessoas ciumentas, inseguras, possessivas. E esse tempo é irrecuperável. Houve também alguns jacarés nos quais depositei confiança e saquei mordidas — mas essa é outra história...



Eu, no dia em que ia cortar os cabelos, em 1982.






Com a interpretação impecável de Simone Spoladore.



Paulo Coelho

Paulo Coelho ficou plagiando meu poema Mude por cerca de oito anos. Em dezenas de publicações, inclusive no Clarin, da Argentina. No Facebook, no Instagram e no Twitter. Eu reclamava, mas ele nem me respondia. Foi preciso que eu (quase) ingressasse com ação judicial, para que ele enfim me pedisse essa ridícula desculpa esfarrapada.



Ainda em 2024 continua o plágio em muitas publicações.

Esta frase "Change. But start slowly, because direction is more important than speed" — que ele, plagiando-me, publicou como dele, é também um caso grave. Se dermos um Google nela, veremos milhares de citações, todas dando Paulo Coelho como autor. Pergunto: como agora corrigiremos isto?



 Todo sonho tem um preço.



A todo instante eu vivo um momento único e ultrapasso um ponto de não-retorno. Vejo agora uma virgem deitada de bruços em minha cama, sem blusa, os seios parecem frutas acariciando o lençol branco de algodão. Ela ainda está de calça preta, sandálias de amarrar. Tem um rosto lindo e cândido que me lembra Edna, aquela. Ou Rose, aquela outra. Há incenso indiano queimando no chão, espetado numa laranja, e a música de Yanni, gravada no Taj Mahal, preenche tudo aqui de magia, de agora e de amor. Vou levar-lhe o suco e depois me safar: virgem é um perigo! E me lembro do melhor presente que já ganhei, dado pela inesquecível Edna. Inesquecível por um K2 de razões, mas principalmente porque Edna Mattos Gurgel teve um papel determinante na minha vida. Tanto, que ela seria a mãe de Maria Paula, filha que talvez teríamos, fruto de uma paixão deliciosa, quase desesperante. Nós nos amávamos, sim, profundamente, mas também tínhamos nossas inquietações particulares...

Tem presente que é só uma quinquilharia, uma bugiganga. Mas tem presente que pode mudar o futuro de quem o recebe. O que Edna me deu aquele dia era uma simples folha de papel, com o que disseram sobre mim:

“Todas as aptidões específicas são bastante superiores. Personalidade bem formada. Boa linha de conduta. Metas bem definidas, determinando uma ação bem programada. Atitudes ponderadas e sensatas, com sinais claros de um bom senso de responsabilidade. Disposição para aceitar idéias novas. Espírito aberto e progressista. Desejo de alcançar uma boa expansão pessoal. Interesses intelectuais bem orientados. Vivacidade mental. É bastante teórico, mas nem por isso deixa de lado os aspectos práticos da vida. É por isso muito objetivo no seu raciocínio. Faz um curso de Filosofia Pura, o que muito o ajuda a se desenvolver nesse plano. Sua personalidade, muito bem formada, também lhe permite condições para se realizar no seu trabalho, aproveitando seu potencial em boa amplitude. Os prognósticos sobre o seu desempenho estão completamente a seu favor. Trata-se de um ótimo candidato.”


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Este o resultado do exame psicológico 28.047, quando me candidatei (e ganhei) ao cargo de Programador de computadores na empresa Protin Equipamentos de Proteção Ltda. Foi assinado pela psicóloga Cecília P. Cesar, que me entrevistou por uma tarde inteira. Eu tinha dezenove anos e esse relatório, esse presente que Edna me deu mudou minha vida. Definitivamente. Mudou o rumo do meu futuro e também do meu passado. Aquele menino marxista, um pouco introvertido, com cabelos longos, precisava de alguém que lhe mostrasse o tamanho, o enorme tamanho do Divino Lúcifer intelectual que eu trazia no peito. E se você pensa que o Lúcifer todo ainda me habita, engana-se: é apenas Sua alma que hoje mora no meu brilhante coração. Do corpo Dele Eu já não preciso mais:   Eu uso agora o próprio meu.


Como podem ver, minha loucura vem de longe. Aliás, não tenho apenas uma loucura. Para que nossa vida fique muito mais saudável, em todos os sentidos, o ideal é operarmos com duas loucuras, ambas não excludentes, mutuamente complementares e necessariamente brilhantes.


A Loucura é como a Liberdade:
Só lhe damos valor quando a perdemos.




Nas eleições de 2024 eu apresentei este Projeto
Meu coração comunista continua no lado esquerdo.


Minha filosofia de vida pode fazer muito bem para muitas pessoas que leem os meus livros e sites, e mais ainda para aquelas com as quais eu às vezes convivo. Acontece que, exatamente por lhes fazer tão bem, pode também lhes causar um certo desconforto... Minha presença e meu estilo de viver pode às vezes desestabilizá-las. Porque eu lhes abro novos horizontes, um leque enorme, fascinante, de opções inesperadas e gostosas.

Acontece que a liberdade assusta. Essas pessoas estavam quietinhas, sossegadas em sua própria escravidão emocional, aninhadas nos seus próprios preconceitos, abraçadinhas às suas crenças opressivas — e eu venho lhes dizer que a liberdade é possível. Eu venho lhes dizer que o amor é possível. Que a felicidade é possível. (*)

Então, essas pessoas começam a se questionar. Começam a rever os seus conceitos... Algumas criam coragem e chutam seus medos inexplicáveis. Suas cabeças viram corações enlouquecidos. Suas estruturas, antes tão estáveis, começam a ruir. Suas bases tremem. Relações se desfazem com facilidade espantosa. Seus "amores" perdem o sentido. Seus deuses dançam...

Porém, nem todas estavam preparadas para esse fascinante mundo novo que se abriu de repente. E algumas querem de volta o mundo antigo. Porque sentem falta da segurança, daquela quietude, daquela paz de cemitério. Daquela velha vida. Sentem falta da comodidade contraditória que o tédio dá.



Afinal, ser livre dá trabalho... Muito trabalho.




Mas ser livre é uma delícia.






O que eu digo é mais ou menos isso. Até o fim deste livro vai ser esse o tema principal. Até o fim dos meus dias vou ficar falando dessas coisas. E se a você não interessam esses assuntos (tais como amor e liberdade, saúde, dinheiro e poesia), feche este livro agora mesmo, e me abandone. Portanto, se não puder me dar atenção me dê sossego!

Mas, outro dia, adolescente ainda, quando eu estava começando a entender a vida, escrevi minha melhor definição de amor.

Amar é permitir sempre, amar é deixar que o outro vá – ou que fique, se assim o desejar. Amar é ter respeito absoluto pela própria liberdade, e pela liberdade do outro. Amar é compreender sempre. E isso não significa apenas entendimento racional, vai além, muito além: Amar é reconhecer, afetuosamente, o direito que o outro tem de fazer suas escolhas. Mesmo que essas escolhas eventualmente me excluam...

Quem não concorda com tal idéia de amor não merece o meu. Aliás, eu recuso o amor de quem não ama a própria liberdade antes mesmo de me amar. O amor tem que ser livre — em todos os sentidos. Até porque, se não for livre, só pode ser preso.

E toda mudança, você sabe, requer um plano. À vezes, um plano esboçado em folha de papel, outras vezes, um plano intuído em nosso próprio. Mas a mudança mais gostosa é aquela que só requer plano inclinado, por onde vamos escorregando em óleo de amêndoas como se fosse no corpo de um grande amor, deslizamos até a borda — e então saltamos no vazio do belo escuro profundo da vida.

Quando as coisas resistem às idéias e o mundo resiste aos sonhos — não devemos mudar de sonhos nem mudar de idéias: temos é que mudar de coisas e mudar de mundo.
(Ah, “Memento mori” quer dizer “lembra-te que morrerás”.)
Eu gosto de mudar.
Descendo de Heráclito!
— Só o que está morto não muda.
Acontece que eu sempre troco um grande entusiasmo por outro, maior ainda.
Amores, vou tê-los muitos para que os tenha sempre. Esta, a melhor filosofia. Ousei amar diferente, tive coragem de continuar puro nos meus relacionamentos amorosos. Alguns querem punir-me por tanto, mas eu sobrevivo, sobre todos. E o que mais indigna meus detratores é que há lirismo na minha obscenidade. São poéticas as minhas transgressões. Quando enfio a cabeça pela janela da parede da vida, já não sei se estou olhando para fora de mim ou para dentro. Então mergulho nessa alegre correnteza interna onde eu rio fluente de mim mesmo — líquido, cristalino, vibrante.
Nunca deixarei de ser louco.
Apesar disso, eu sei que preciso acelerar as circunstâncias, tenho que aumentar o tamanho, a freqüência e a delicadeza dos fatos que me circundam, trazer Deus em pessoa para jantar comigo, às vezes, tomar um vinho com Ele, e depois inundá-lo de carinho e gratidão.
— À luz de velas!
Deus sempre foi generoso comigo.
Mas tenho que resistir aos ataques da mediocridade cotidiana e me afastar da jacarezada. Quero encher de glória os buraquinhos que os ratos fazem no pão da minha vida. Preciso reagir, tornar-me um subversivo ainda mais radical, abandonar as hienas, jogar fora tudo o que não presta, refinar as relações, multiplicar o que me eleva.

Sei que o principal sobrenome do amor é ilusão.
E sei também que ser livre é fundamental.

Portanto, se eu tiver que um dia me desfazer de todos os meus bens, a liberdade será o último deles. O penúltimo, ainda não sei.

Quanto ao que penso sobre meus amores, disse quase tudo a Edma Lux, no seu livro “Perguntas que a mulher faz quando sonha”. Onde deixo claro que valorizo uma mulher não só pelos prazeres que posso ter ao seu lado, mas, principalmente, por aqueles que deixo de ter por causa dela.
Já me casei quatro ou cinco vezes, informalmente, com seis ou sete mulheres maravilhosas, mas continuo achando que o casamento é o túmulo do amor. O cemitério das paixões...
— Por isso continuo solteiro!
O casamento é uma velha escola em ruínas que só tem duas matérias: sadismo e masoquismo.
(Dos dois lados.)
E casamento indissolúvel, então, é pior do que prisão perpétua!
Acontece que temos sempre muitas razões para casar. A sociedade em que vivemos nos leva a seguir esse caminho. Quase todos sucumbem.

Sou observador.








Aos oito anos de idade, comecei no ramo de calçados...

Eu queria montar um negócio no ramo de calçados. Mais precisamente, queria ser engraxate. Queria muito uma caixinha daquelas de madeira para exercer a profissão, que me parecia muito lucrativa e fascinante. Então, troquei meu relógio Mondaine por uma caixinha já pronta, comprei duas latinhas de graxa Odd na Cofesa, arranjei uns paninhos com minha Mãe, duas ou três escovinhas de dente já usadas, um escova grande, marrom, duas tirinhas de casimira azul de uma velha calça rasgada, juntei-me a dois amiguinhos que já engraxavam — e saí para vencer na vida. Eu tinha quase sete anos. Mas não consegui vencer na vida. Pelo menos não naquele dia, pois meu pai foi me buscar no Mercado, repreendeu-me com vigor, porém delicado, deu minha "empresa" de presente a um menino pobre — e pediu-me que eu tentasse uma outra profissão. Segundo ele, engraxate já tinha demais... Acho que foi talvez por isso que eu virei poeta.
(...)


Na foto aparece o gato Snow Bolinha, meu convidado.

Eu adoro plantar flores no Jardim da Casa Azul.


Click no link acima para ver detalhes



O estacionamento mais bonito do Brasil




Tudo feito pela
Eu criei esta empresa em Abril de 2013.
Inspirado pela Lei das Calçadas de SP, promulgada pelo então Prefeito 
Gilberto Kassab..





PROJETO PARA UMA ESCOLA DE MUDANÇAS


Tem uma coisa muito boa que eu quero te contar: em Setembro de 2025 eu pretendo abrir, talvez aqui mesmo no Guarujá, uma deliciosa filial histórica dos Jardins de Epicuro — que será um Centro de meditação, dança, discussões filosóficas, degustação de vinho, psicanálise, gastronomia, sol na praia, meditação, cerveja, negócios, viagens e demais ousadias gloriosas possíveis. Além de Planejamento Estratégico Pessoal e busca da Felicidade, é claro.


Eu te convidarei.







Sempre nos disseram que a vida pode ACABAR a qualquer momento.

Mas eu venho para dizer exatamente o contrário:

A vida pode COMEÇAR a qualquer momento.

E você — já se decidiu?


O ousadia move o Mundo







Críticas deveriam sempre requerer um amplo conhecimento do objeto criticado, além de uma capacidade extrema de raciocinar com lógica — bem como domínio absoluto das ferramentas de linguagem que permitam a correta expressão do pensamento.

Mas nem sempre é assim. Aliás, no rodapé da história, quase nunca é assim...


E sabe por que o cachorro às vezes morde, a abelha pica e o asno dá um coice? Porque ficaram sem argumentos... O mesmo pode acontecer também com você. Quando fica sem bons argumentos, você às vezes morde, às vezes pica, ou dá um coice.

Ou foge.




Sim, eu tenho disciplina, dedicação e entusiasmo.


Minhas Empresas.

Algumas dão lucro, outras, prejuízo. Três faliram, duas foram abandonadas por mim, mas tem umas seis ou sete que são sucesso absoluto.


E talvez comprar outra meia dúzia...
Se sobrar dinheiro


EMc3 
Edson Marques Consultoria em Terceirização.


Click na imagem acima para ver detalhes.
Atendendo Scania, Lorenzetti, Dormer Tools, SKF, Transquadros, etc. 




Depois que eu realizei (eu e minha equipe da EMc3 e da Xtratego Ferment) mais de seiscentas visitas a Condomínios Residenciais em São Paulo, Santos, Guarujá, São Vicente e Praia Grande (sendo que cerca de 400 visitas apenas na zona sul da Capital, nos anos de 2011 a 2015), consideramo-nos altamente capacitados a discorrer sobre o assunto. Dessas citadas visitas, cerca de duzentas dizem respeito a procedimentos de supervisão, fiscalização e auditoria em postos de portaria, limpeza, zeladoria e manutenção. Aproximadamente cem foram reuniões diretas com Síndicos, e por volta de quarenta participações em Assembleias deliberativas. Em todas essas cem reuniões diretas, a presença constante, sem exceção, era a minha.




Filosoficamente falando.
Mesmo que já esteja na Jucesp.


Esta ideia 0152 ainda não registrada na Jucesp.


O fundamento já vem pronto, é um pacote. O sistema já vem escrito: é só implantá-lo de modo racional e tudo já sai funcionando. Com sucesso. Sempre com sucesso.


Filosofia é criação de conceito, e é isso que eu faço e aplico aos meus projetos. Ser filósofo me ajuda muito a descobrir maneiras de ser racional. Ter estudado Lógica por trinta anos me coloca na dianteira de muita gente, quando o objetivo é criar conceitos. Ter sido analista de sistemas por mais de vinte anos, também. A empresa Liberdata foi criada por mim em 1994 e existe até hoje. Cada vez mais livre e sábia. Dentro dela tem uma empresa conceito sendo gerada há cerca de dez anos: a Filosoft – que já é um sucesso, e que agora será formalizada na Junta Comercial.

Acabo de criar mais uma empresa conceito: Filosofia de Trabalho.

Vou registrar o domínio 


Esta é a minha ideia 0249. Edson. Guarujá. 01.09.2012. 05h34.






Sou um Analista de Circunstâncias.


Prêmio Cervantes/Brasil.
Conto. 1985.


A ORELHA

Quando ganhei o Prêmio Cervantes, ela não foi comigo, porque não suportaria me ver tão amado pelas outras na cerimônia. Dora me dizia que seu ciúme esmagava-lhe a própria alma. Aquele câncer chamado ciúme aumentava-me as dores e as penas, amputava-me as asas, me prendia, me amarrava, sufocava. E um poeta de asas cortadas vai ficando gelado...
Minha vida virou uma verdadeira prisão.
Só me expressava escrevendo.

Sempre acreditei que as circunstâncias fazem os homens na mesma medida em que os homens fazem as circunstâncias. Mas, os acontecimentos daquela tarde levaram-me a concluir que há um certo predomínio das circunstâncias sobre os homens. No fundo, aquela foi uma tarde que esperei por muito tempo, planejando-a, tentando moldar-lhe os menores detalhes, e querendo, desesperadamente, fosse ela, quando acontecesse, da mesma forma que construída pela imaginação. Elaborei fantasias as mais ridículas, chorei às vezes até não mais poder, engasgando-me com soluços que pareciam pedregulhos. Não raro perdia-me naquele resto de realidade que a vida me dava de presente, e por dentro sugava-me estranha vontade de mudar com violência o que sempre havia conseguido aceitar.
Aquela espera foi se transformando em mais uma tortura.
Porque não passava de uma espera passiva e de certo modo desnecessária. Passei a ter pesadelos horríveis, em que duas mãos crispadas e sujas tentavam sufocar-me. Acordavam-me então os companheiros de infortúnio, por força dos meus gritos de pavor. Isso era constante. Faltava-me a fome, abandonei os projetos de fuga, os amigos se afastaram.

Permeando toda essa situação de tempo e de lugar, a desfocada lembrança, imagens que a memória me trazia com insistência. Assim como Abraão, o patriarca do povo judeu que levou seu povo ao Canaã, meu pai também ouvia vozes, e nos levou ao Paraná.

O chuvisqueiro enviesado continuava martelando-me as costas com suavidade quando senti sua voz me chamando, baixinho:
— Chegamos...
A fronteira ficara para trás, mas nosso estado continuava precário. Eu não entendia por que era prometida aquela terra. A quem? Essa dúvida me angustiava, talvez porque promessas foram o fundamento daquele meu tempo, um tempo escasso, sem solução, em que nada havia que não fosse provisório.
Era sempre um tempo de passagem.
Ele vinha em mangas de camisa, xadrez, que a chuva enegrecia e colava-lhe ao corpo. Havia me coberto com seu paletó, aquele mesmo azul-marinho do casamento. De vez em quando, acariciava-me o rosto, com gestos puros que ainda hoje moram no meu peito, inesquecíveis, demorados. Abri um pouco os olhos, vi luzes da cidade brilhando em conta-gotas, um colírio. A botina esquerda apertava-me o pé, ainda nova, quase uma comemoração, um presente prometido quando ajudei na última colheita do feijão das águas. Levantei-me sobre o braço, encolhido, sentindo cheiro de terra e um pouco de esperança. Meu pai incentivou a marcha do Estrela com o chicote, virou-se para meu lado e, quando nossos olhos se encontraram, tentou profetizar:
— Agora as coisas vão melhorar, se Deus quiser...
Passei a mão torta pela testa, afastando o cabelo escorregado, num gesto de quem não pode acreditar.
— Você vai entrar na escola...
Estrela era o nome do meu cavalo, já dado em promessa a um santo, não sei qual. A charrete era azul, desbotada, velhinha, o nosso meio de transporte. Em cima dela, sonhava com lugares novos — mas tudo era igual. Embaixo do banco, nossas roupas, poucas, amassadas no saco de farinha, as panelas barulhentas, a espingarda.

E o retrato da mãe, — pensei, — onde estará?...
Constatei que, apesar da pouca idade, já conseguia ter passado e memória. Meu passado se resumia na desesperada lembrança que eu tinha de minha mãe. Atirei-lhe uma pedra na testa. Lembrança meio confusa. O sangue desceu-lhe por sobre os olhos, que suas mãos procuraram em vão escondê-los dos meus, para poupar-me talvez o susto pela pontaria, que a partir de então seria sempre certeira. Se chorou, não me lembro. Estava com ela pertinho do poço, o balde descendo no rodar cadenciado da manivela já gasta. Roupas na tina marrom, de barril, a menor — azuis, brancas e vermelhas, se não me engano. Um lenço escondendo-lhe os cabelos que nunca soube o verdadeiro comprimento, escuro, emoldurava-lhe o rosto cheio de gotinhas, não sei se de orvalho, não sei se de suor. Dedos pálidos, enrugados, cheirando a rosas.

Voltei a ouvir o trote cadenciado do Estrela, que às vezes chutava pedregulhos. O braço começou a doer. O chuvisqueiro continuava, fraco, como véu feito de riscos frente às luzes.

Dá-me pouco pão e ainda me castiga - devo ter pensado, quando saltei do carrinho de lata, aquele verde, espantando uma galinha, e joguei-lhe com força uma pedra no meio da testa: o sangue desceu-lhe por sobre os olhos que suas mãos procuraram tampá-los dos meus. Em vão: o susto permanece até hoje, e talvez seja a causa primeira desse processo caótico de espera.

A charrete balançava-se num ritmo redondo, as rodas giravam produzindo um barulho meio surdo: fi-res-to-ne... fi-res-to-ne... — era a marca do pneu, e minha mãe soletrava assim. Ela sabia ler. Eu gostava dela. Picada por cobra, morrera havia três meses, sem tempo, segundo meu pai, de chegar à Santa Casa. Disse-me que tinha ela os olhos cansados. E que inchou. E que nunca mais eu a veria.

Lembro-me agora dos mosquitinhos que caíam no meu prato de sopa de macarrão cortado, lá no sítio, no banco de madeira ao fim da tarde, a fome infantil enorme, o futuro meio ausente, o mormaço, o medo, a hora das aves marias voando na minha cabeça. Outra coisa de que me lembro era o bolo de fubá. Seco, feito sem manteiga, esfarelava na boca, mas como era gostoso com café preto, lá no morro da melancia. O riozinho tortuoso, onde me dava banho com sabão de cinzas, o rio maior, que tinha peixe e que era fundo, um perigo. Minha mãe sempre me parecia a melhor mãe do mundo. Queixava-se constantemente de dor de estômago, principalmente à noite, ao irem para cama, ela e meu pai, quando então eu aguçava meus ouvidos para captar seus diálogos. E a conversa, às vezes ríspida, girava sobre caminhos diferentes na vida deles, mais filhos ou menos filhos, pobreza, injustiça, lavouras...
Coitada da minha mãe: vivia sempre disfarçando com sorrisos lentos a vagarosa dor da vida.

— E o retrato da mãe, pai?...

Demorou para me responder, sem olhar-me nos olhos, com voz fraquinha, meio rouca, desanimada:
— Tá no bolso, na carteira...
Interessante: parece-me que nossas frases, mesmo aquelas mais decididas, eram sempre reticentes, pastosas, doloridas. Lembrei-me de minha irmã, com suas perninhas frágeis, e que morrera como se não tivesse tempo para viver. Passava o dia todo deitada num velho berço improvisado, olhando nuvens de sorvete no céu do Paraná. No retrato, ela estava ao lado de minha mãe, e isso me causava um certo ciúme. Morrera sem tempo de deixar saudades, mas, diziam-me, estava morando com deus, cercada de anjos. E com muita saúde. Um vestidinho dela ainda era guardado, de bolinhas vermelhas, com alguns buracos pequenos que pareciam enfeites. Quando crescer, vou tirar um retrato bem grande... — confessou-me o Cartier-Bresson que havia no meu peito. Um retrato onde aparecesse, além de mim, só o infinito azul do céu. Voltei-me à posição inicial, ajeitei o paletó por sobre o corpo, fechei os olhos com força, engoli fosfenos em seco, senti a barriga roncar outra vez.

Era fome, mas fiquei com vergonha de falar.

E foi assim que entramos na terra prometida, eu e meu pai — sacolejando ilusões numa charrete azul puxada por estrelas e ternuras.

Acontece que essas lembranças, com precisão fotográfica, perturbam-me. Se houve épocas em que cheguei a questionar até a validade das carícias, a necessidade do contato físico amoroso, isso se deveu à ausência dos carinhos que sempre me negou, quer pela distância, quer pela mentira. Passei a ter impressão de que a notícia de sua vinda começava a prejudicar irremediavelmente aquela situação de equilíbrio emocional entre o mundo desgraçado em que vivia e o conjunto instável das minhas aspirações.

Terei sido eu o primeiro a criar a necessidade dessa distância que passou a existir entre nós, ou preciso mesmo dessa geografia de excessos para manter apagadas minhas concepções mais antigas com relação ao que posso gostar?

Ninguém tem culpa de ser o que é, e nem pode, por si mesmo, ser de outra forma.
Alguns precisam de ajuda, mas nem todos se permitem essa humildade. Muitos talvez não tenham conserto, e outros não têm consciência. Todos quase sempre se enganam, às vezes na qualidade da promessa, outras vezes no tamanho das expectativas. Chorar em ombros amigos foi coisa que nunca soube nem pude fazer. Não que me faltasse a vontade: faltavam-me ombros amigos, e meus olhos não tinham mais lágrimas.

Minha vida é uma porta que se abre à história mas se fecha aos meus amores. Meu contraído corpo de réptil me envergonha, me atrapalha e desespera. Os ódios que suponho sentir me enrijecem, e não me deixam sequer perceber o cheiro das coisas livres. Esses anos todos aqui dentro mudaram-me radicalmente. Mas não sei se fui modificado mais pelos anos que se passaram, ou se pela cadeia propriamente. Ou se por ambas as coisas. Aqui, a gente vai percebendo o reverso da medalha. E percebendo de uma forma diferente, pois as perspectivas vão se tornando caóticas, o leque de opções vai se fechando, as oportunidades, diminuindo.

A gente passa a não mais saber de que lado ficou a verdade.

Em certos momentos, começamos a ver que todo realismo tende a ser conservador. Porque o sonho é sempre mais importante do que a realidade que o suporta. A tarde surgiu bonita, apesar de que o sol de inverno, esmaecido, quase nem sombras fazia no pátio da nossa espera. A calma daquelas coisas dormidas me afastava da razão, o nó na garganta entorpecia a fala mole. Sentado no primeiro banco, logo à entrada do portão principal, esperava minha mãe. Meus dedos tamborilavam na madeira, como se a tarja negra da sujeira das unhas executasse um balé de prisioneiros. Na verdade, esses dedos queriam chorar a iminência do inevitável. O corpo todo tremia.
Procurava não olhar em coisas que tivessem olhos de retribuição, ao mesmo tempo em que mastigava a liberdade da minha língua, e mordia os lábios ressequidos por falta de vitaminas. Triste o papel que teria de representar por força daquilo que agora chamo de determinismo absoluto. Senti dores no estômago. Como a ansiedade não me deixou novamente almoçar, talvez fosse fome.

Muita gente passando, abraços, sorrisos, fogo acendendo cigarros, saudades e paixões. Não será ela uma dessas que passaram? Não, o guarda iria trazê-la até mim, não seria capaz de reconhecê-la, suas feições já não devem ser as mesmas.

Comecei a montar o desesperante cavalo da angústia.

Parecia-me que apenas eu estava sozinho. A espera da mãe que supunha morta misturava-se à promessa de escola que meu pai fizera, e que nunca se concretizara. E foi nesse momento, aguardando mais uma promessa, que levantei a cabeça. Não gostava muito de mulheres será que dela iria gostar? Será que aquele encontro seria um renascimento, pelo fato de que ambos iríamos nos re-conhecer? Terá sido ela, realmente, culpada disso tudo? Será que não teve razões em fazer o que fez? Não consigo me lembrar das cores do vestido, não consigo. Frente a frente, depois de tantos anos. Tentei iludir-me, colocar um pouco de sentimento no olhar, dissimular talvez uma paixão que não sentia. Ela estava com falsos cabelos loiros, muito maquiada. Lembrei-me do lenço de bolinhas azuis à beira do poço. Demoramo-nos olhando nos olhos. Brinquei de novo no meu carrinho de lata. Estendeu-me suas mãos e murmurou algo como você está muito bonito, um homem feito... senti muito a tua falta.
Suas mãos estavam quentes.
Aquele momento me parece ainda indescritível.
(Talvez um dia possa contar tudo).
O perfume que ela usava, forte, doce, barato, chegava a excitar-me. Idéias estranhas passaram-me pela cabeça. Ela chorou, e eu senti o gosto salgado das suas lágrimas. Acho que por momentos desisti da vingança para amá-la totalmente. Tomei-a nos braços para um beijo de amor - de amor e despedida. Tive medo, e vontade de dizer a todos que aquela necessidade de ficcionar um delírio não passava de uma ilusão grotesca.
E a iminência do inevitável voltou a me assustar.
Algo fez-me mudar de ideia.
A lembrança do retrato em que eu estava ausente. O bolo de fubá, o abraço que ela me dava - não sei. No pátio não havia mais ninguém. Fez-se um silêncio absoluto, um silêncio gelado. Tomei-a de novo nos braços para um beijo de amor e despedida. Soava uma campainha, dizendo que a visita chegara ao fim.
Seria agora - ou nunca mais!

(...)


A história continua.

Mas agora vou fechar as aspas que esqueci de abrir antes de acreditar nas circunstâncias. Claro que esta é apenas uma bela história inventada que o destino escreveu certa vez em meu nome. Era só mais uma peça que a vida me pregava. Em verdade, jamais trocaria minha Mãe por um prêmio que me levasse à Espanha. A orelha dela foi feita para o beijo, não para a mordida.

Acontece que entre ficção e biografia existe um prêmio!

Então, volto ao presente e me questiono. Se meu amor é diferente a cada instante, como poderei te amar a mesma todo dia? Como repetir outra vez o meu risco brilhante na tua escuridão incendiada?



Ontem comprei flores para recordar o nosso amor; hoje, um frango assado faz lembrar-me de você. Ontem, chorei ao rever as nossas fotos; hoje, tomo vinho num corpo de cristal e já não sei se me arrependo. Ontem, fiquei sozinho no meu quarto; hoje, uma deusa nova me espera em nossa cama, e me sorri. Ontem, chorei demais a tua ausência; hoje — nem sequer me lembro de você. Parece ser verdade: Quem ama só se realiza ao superar a própria memória do seu amor.

Então.

Há uma pequena prisão dentro de uma grande prisão.
Por isso, o pior é quando estamos na menor.

Mas vocês não percebem que.




Daqui você sai diferente do que era quando entrou. Eu quero te provocar, intelectualmente. Quero que você suba ao palco da Vida agora mesmo. Por isso é que nas cadeiras poéticas do meu livro-teatro eu coloco um monte de preguinhos instigantes e palavras que te ferem de algum modo, delicadas e amorosas...

Eu te provoco com metáforas de açúcar. Eu te cutuco com verbos e delícias insistentes. Eu te cutuco com flores e estrelas — todo dia — porque quero que você pense de modo diferente. Quero que você mude. Quero que você viva. Quero que você dance no arco-íris de um violino que se chama Liberdade.



Click na imagem para ver detalhes



Minha história começou no boteco do meu Pai aos oito anos de idade. Depois, na Churrascaria do Luizito (hoje dos Gaúchos). Em seguida, aos vinte, implantei o Sistema de Custos na Protin, e me tornei Gerente de Informática. Aos 22 criei a K-Misster, e desenhei camisas lindas, que foram vendidas até nas Lojas Piter. Aos 25 tornei-me um Consultor e fui ser Gerente Financeiro da Revela. Aos 27, Diretor de Informática da Itel Transformadores, onde fiquei por doze anos. Tudo isso sem parar de estudar na USP (onde estudei por mais de dez anos). Aos 40 criei a Liberdata, que ainda existe.. Aos 48, a Única. Aos 50, a Construtora NorteSul, a PortoBelissmo, a Xtratego Ferment. Depois vieram a Primeira Construtora, a EMc3, a Calçadas do Brasil... e mais algumas. Além dos projetos em fase de execução experimental, e das ideias que continuo tendo (*)

Tudo isso sem parar de ser feliz!

Maiores detalhes em


(*) A propósito, em 24.09.23, em SP, eu tive minha ideia 1.291.
Dois dias antes, a excelente ideia 1.290. E em dezembro de 2024, já estou na minha ideia 1320.



Aos 22 anos eu montei minha primeira empresa. Uma confecção. O nome era K-misster, e ficava na Avenida Nacionalista, número 100, Itaquera, SP. Aluguei um galpão, comprei doze máquinas na rua São Caetano, montei um bom estoque de tecidos, que comprei na 25 de março, contratei dezessete costureiras e soltei o meu barquinho em alto mar. Eu também desenhava os modelos. Cheguei a vender, entre outros, vários lotes para as Lojas Piter, que ficavam ao lado do Teatro Municipal. Mas a fábrica era muito longe, e eu queria curtir a vida e estudar filosofia... Depois de quatro meses larguei tudo. Dei as máquinas para as costureiras, comprei um carro conversível — e saí pelo mundo. Viver novas experiências. 


GLSK

Cada carroça no seu tempo.

Foto da carroça conversível que eu fiz aos treze anos, 
em frente ao boteco do meu Pai.




Aqui no Facebook tem mais um pouco dessa história:

E também AQUI.






Click na imagem para ver o que significa.




Click na imagem
Órfão desde a primeira infância, sofreu muito. Não pode estudar além do antigo ginásio. Morreu ao 49, deixando um patrimônio de um milhão de dólares. Era um visionário. E além do mais, contou sempre com a companhia racional e amorosa da minha Mãe, IracyMarinho.


Nossa Senhora de Iracy

008. Era um dia de duplas esperanças. Era uma noite de luar azul escandaloso. Era um sábado de aleluias, era hora de metáforas e loucuras. Era uma casinha de madeira e Primavera ao lado de uma bela roseira branca no finzinho de uma rua principal. Como toda mulher inocente, minha mãe estava grávida de amor: havia sido deflorada à beira de um poço por um Inspírito Santo alado e dançante. Era madrugada de novo e ela estava sozinha outra vez. Foi então que essa Mulher resolveu me dar a Luz - em todos os sentidos.


Era o começo de uma história de Amor.

(...)

Estou revisando os dois últimos capítulos do meu livro Teoria do Acaso e me deparo com certos fatos ali narrados que ainda me emocionam demais. Nesse livro eu conto os detalhes de como conheci alguns dos meus amores, como foi que as circunstâncias me abraçaram, e como também por mim foram elas abraçadas. Como foi que meu Pai se apaixonou por minha Mãe. Como foi que Nietzsche conheceu Lou Salomé, como Dali se apaixonou por Gala, como foi que Sócrates encontrou Xantipa. Minha tese é que o acaso determina cada uma dessas coisas. Tudo que acontece na vida da gente é obra do acaso. Se Cristóvão Colombo fosse apenas um contador, não estaríamos aqui, agora, conversando. Cristóvão teve que ser corajoso para empreender aquela viagem em 1492. Se meu louco bisavô Luiz Marques não tivesse raptado Vitalina no início do século passado, eu não existiria. Aliás, nem meus irmãos nem minhas irmãs teriam nascido... Mas, o que é interessante, minha Mãe Iracy teria existido normalmente


007. Muitas mulheres marcam deliciosamente a minha vida. Todas são especiais; nove são musas. Mas uma delas se destaca... Uma mulher que jamais quebrou as lanças da minha ousadia, e nunca pensou em cortar-me as asas de pássaro livre. Uma mulher que me apóia com entusiasmo, incentiva os meus saltos profundos e me aplaude em todas as conquistas.

Ela compreende os meus gestos, mesmo quando parados no ar. Ela me aceita como sou, inteiramente. E me faz acreditar, cada vez mais, que o verdadeiro amor é a união gostosa de duas espontaneidades, a fusão poética de dois devaneios.

Essa mulher é minha Mãe. Às vezes a geografia nos separa um pouco, mas temos uma ponte entre nós dois chamada Amor. E eu sempre me lembro das canções de ninar que ela cantava para que eu não dormisse... Do Kyrie Eleison e Tantum Ergo a Dalva de Oliveira e Noel Rosa. E também me lembro do dia em que eu nasci.


Eu fico elucubrando, divagando, escrevendo, dançando nas teorias e nos amores. E isso se aplica também a você e à sua família. Todas as relações, todos os casamentos, todos os amores, todos os nascimentos, todos os ódios e desavenças  tudo aconteceu por acaso. Todas as separações, todas as mudanças, todos os projetos (inclusive os comerciais) aconteceram por acaso. É só você se perguntar seriamente sobre isso. É só pesquisar. É só recordar como tudo aconteceu...




Mas, ao escrever sobre, por exemplo, Suzana e Patrícia, acabo me lembrando da década de 1990, quando eu morava na Alameda Barros, em SP, e às vezes chegava em casa à noite e encontrava uma festa. Alguém me abria a porta e até me perguntava quem eu era... rs! Eu costumava deixar uma chave do apartamento na portaria, e autorização para que toda mulher — consideradas algumas premissas, mesmo que os porteiros nem a conhecessem — pudesse pegar a chave e subir. Quantas mulheres fossem. E que se sentissem elas totalmente à vontade. Que bebessem do meu vinho e comessem do meu pão. Algumas eram amigas, e outras, totalmente desconhecidas. As surpresas que eu tinha por causa disso sempre foram maravilhosas. Conto algumas dessas surpresas, dezenas, nesse livro acima citado. Era assim a minha vida. E nesses quase quinze anos que se passaram não mudou quase nada — exceto duas ou três relações meio fechadas que me levaram a diminuir muito a freqüência das festas. Mas voltarei logo mais a deixar minha chave na portaria de novo — com as mesmas recomendações. Para que tudo se repita outra vez, de modo ampliado, mais intenso, e mais gostoso.


Naquele mundo maravilhoso, quase mitológico, o "centro de gravidade" era Eu — e Eu saltava dentro de mim mesmo, para um outro Eu ainda mais profundo e mais central. Eu era um sol iluminando estrelas cadentes. Eu lhes dava luz e amor, em troca de mais luz e mais amor. Eu me tornava cada vez mais absoluto, e elas viravam estrelas ascendentes, bailarinas, quase sempre. Felizes aquelas que gravitavam em meu redor, diziam elas. Em verdade, aos pares nos tornávamos estrelas binárias — ainda que por vezes santíssimas trindades ocorressem. Tudo era fora do normal. À época, eu pensava que certas coisas que vivíamos eu só as contaria vinte anos depois da minha morte. Hoje eu já considero a possibilidade de contá-las vinte anos antes. Daqui uns quarenta, portanto.



O desapego é a mais pura forma de amor. Essa minha frase é apenas um resumo do que me disseram dois grandes mestres: Sidarta, o criador do Budismo, e Jesus, aquele que fez o Sermão da Montanha. Eles sussurram todo dia essas coisas para mim. Ambos pregavam exatamente isso: o desapego. Sei que é difícil desapegar-se. Demora muito. Mas, mesmo assim, é preciso ir além. É preciso que nos tornemos não só desapegados, como também desnecessários. Ou seja, é preciso permitir que o outro também de nós se desapegue. Libertar-se — e permitir que o outro também se liberte. Todas as grandes religiões e filosofias orientais pregam exatamente isso. Mas, nós, aqui no Ocidente, apressados e materialistas, ainda estamos longe disso. Somos muito pesados. É uma pena.





Eu tenho coisas pra te contar. Descobertas que já fiz. Segredos que revelei — e outros que escondi. É por isso que eu insisto em semear um pouco de Sócrates a granel nas areias do teu cotidiano. Semear alguma coisa nova na clausura emocional que te protege. Quebrar as prateleiras corroídas dos teus paradigmas mais sólidos, e espicaçar o miolo seco dos teus queridos padrões inconsequentes.


Mas não se preocupe demais comigo, porque não trago nenhuma resposta pronta que se imponha de repente ao teu sossego inexplicável. Só te faço perguntas. Indiscretas, às vezes, mas sempre originais, malucas, ins-pirantes. O que eu quero mesmo é mexer na tua cabeça, por fora e por dentro. Quero te mostrar a importância do agora. Eu quero, respeitosamente, desrespeitar esses teus medos insensatos. Enfrentar teus mais amados preconceitos. Quero fazer um cafuné delicioso nos teus neurônios enrolados. E depois de tudo isso passar um pente fino nos caracóis da coisa pronta.


Ainda quero te ver livre, meu Amor.







Mas eu não nasci para satisfazer as expectativas de ninguém — nem mesmo as minhas, que aliás nem tenho. No fundo, eu só quero mesmo é provocar intelectualmente as pessoas criativas, como suponho você seja. Eu quero questionar tudo. Quero questionar os teus padrões, tuas verdades e medidas, teus olhares e desejos, teus anseios, despedidas. Esmagar tuas convicções, assim como esmago as próprias minhas. Mas não pense que eu quero muita coisa, não: eu só quero é fazer o sol nascer brilhante no meu peito todo dia, e abraçar a metade do infinito quando me deito na praia em noites de luar escandaloso. Quero escrever poesias, falar de amor e liberdade, saltar profundo — e gozar a vida. Quero balançar a cabeça de quem me lê, delicadamente, de dentro para fora. Esparramar minhas loucuras no coração dos meus amigos e dos meus amores. Repartir com todos a poesia do meu entusiasmo e dos meus delírios. Só isso.





Meu trabalho é escrever apenas, e contar histórias para mudar o mundo. Arriscar a Vida em teu nome e fazer loucuras por mim também. Dançar profundo à beira do abismo, e tecer a sorte como se aranha. Porque, felizmente, há dois amantes loucos morando em mim: um é poeta, e o outro, filósofo. O filósofo compreende tudo porque reflete muito por sobre o pouco que o outro pensa. E acaba vendo mais longe no espelho das coisas porque sobe numa escada chamada Razão. E isso é bom. Mas o poeta, esse não compreende nada — porque não precisa de coisa alguma. Nem pensa em pensar profundo: só dança com seus amores. Não vê mais longe, nem vê mais nada. Mas sua escada se chama Poesia. E isso é belo.







Eu respeito sempre os meus amores. Assim mesmo: no plural. Tenho muitos. Sempre os tive. Mas, quando eu digo "respeitar os meus amores", às vezes refiro-me às pessoas que eu amo, outras vezes às coisas que eu sinto. Portanto, respeitar os amores tanto pode significar respeitar as vontades (desejos, critérios, preconceitos) de pessoas que eu amo (e que suponho me amem), quanto seguir livremente as paixões (desejos, critérios, loucuras) que eu trago no meu próprio peito. Dito de outra forma, e preferencialmente: respeitar os meus amores é seguir meu coração.





Não dá para salvar a alma sem antes salvar o corpo. E o que mais excita o ser humano é a possibilidade aberta de uma nova vida. Foi por isso que o meu bisavô deixou que a rebeldia lhe subisse à flor da pele. Num certo fim de ano ele tomou aquelas decisões que só os corajosos conseguem tomar: montou o cavalo negro do risco absoluto — e partiu! Pois ele também já sabia que o único crime que não tem perdão é desperdiçar a vida. Abandonou tudo para não ter que abandonar a própria existência naqueles caminhos já percorridos. Trocou um milhão de verdades antigas por uma pequena mochila de sonhos. Jogou fora o velho baú de premissas usadas, quebrou as algemas — e caiu na Vida.


Não fosse por isso, eu não teria nem nascido — e não estaria aqui, agora, à beira do mar, tomando um belo copo de vinho vermelho e contando essas coisas pra você. Sou portanto bisneto da rebeldia. Sou bisneto da rebeldia, neto da emoção, filho da loucura, irmão do desejo, primo do prazer, amigo da liberdade, e amante de todos os meus amores. E existo, por incrível que pareça. No céu da minha boca não há fogos de artifício. Só estrelas!


Foi assim que começou a minha vida. É assim que começa o meu livro 






Estou escrevendo um livro que será resultante da minha ideia 0952, cujo título é


Eu defendo a ideia de que a melhor década da nossa vida deve ser a décima. Não morra antes é o meu conselho. Logo mais eu publico aqui um resumo dessa concepção revolucionária.






Click no link acima para mudar a Vida.





A seguir, um projeto interessante.


Quero contratar você para executar algumas ideias minhas. Esta a abordagem que utilizarei com certos empresários, vendedores, cientistas, escritores, funcionários, professores, amigos e até mesmo alguns amores. Pois é disso mesmo que se trata. Como criador, não tenho tempo de executar todas as minhas ideias. A quantidade enorme de ideias que produzo todo dia. Portanto, tenho que terceirizar a execução delas. São ideias quase sempre geniais. Se não fossem, eu não teria a petulância de propô-las a você.

Esta é a minha ideia 218.
Edson. Guarujá. 16.08.2012. 05h21.



Sei que você tem certas competências, e quero utilizá-las da melhor maneira possível.


Sei que você também tem certos recursos, inclusive intelectuais, que precisam ser melhor direcionados.


Também sei que você já não tem tempo. Nem para si mesmo, nem para sua família, nem para seus amores. Então, como, mesmo assim, eu posso estar querendo contratar você para um ou mais projetos novos? Aqui é o X da questão. Antes de contratar você, eu quero te ajudar a ter mais tempo. É simples a fórmula. Eu te ajudo, você melhora – e então eu te contrato para aquele projeto que te parecer mais interessante. Pra isso, criei um site onde exponho minhas ideias. Um esboço público delas. Se houver interesse de sua parte, conversaremos.


Pago bem.


Ou talvez você possa ser meu sócio em algum dos empreendimentos.




Neste meu livro eu cito apenas cinco advogados. São eles que já cuidaram, cuidam e ainda cuidarão dos meus processos. Com extrema competência. Mas eu preciso antes das respectivas autorizações para que os mencione aqui.  







E se receber uma crítica negativa, você fica triste?

E se esses dois julgamentos a teu respeito forem simultâneos, e supostamente com a mesma intensidade, você fica triste ou alegre?

🔴





Eu costumo olhar para além dos horizontes. Tanto para a esquerda, quanto para a direita, para frente e para trás, para baixo e para cima. Para perto e para longe. Para dentro, e para fora. Especialmente, para dentro e para fora.


Tudo com fundamento na Teoria dos Conjuntos e na Lei das Probabilidades. E na visão macro da Física Quântica e das Lógicas Formal e Dialética.


E com base na minha experiência de mais de quarenta anos em Análise de Sistemas e Estrutura de Projetos, eu agora, com o advento da Tecnologia 5G (*), começo a aprimorar a visão holística que eu tenho das coisas.

(*) Espero que seja Huawei.


Acabei me estendendo, mas eu só ia te contar que tive hoje (esta madrugada) minha ideia 935, que será um Aplicativo integrado para escritórios de advocacia.

Nem preciso dizer que será um App inteligente e revolucionário. Genial. Que todo bom escritório de advocacia, no mundo, gostará de ter.

Quer participar?


Será feito pela Liberdata Uruguay.

www.LiberdataUruguay.com


A Liberdata Uruguay até agora só prejuízo. Está demorando muito para sair alguma coisa que possa ser vendida. Tem mercado, mas é investimento alto e a longo prazo. Aguardando 5Genial e Inteligência Artificial.






Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.







Meu livro Beijos No Céu Da Boca



Também escrevi um livro sobre

Click no link acima para ver detalhes.








Fico pensando, e acabo sonhando.

Eu sonho tão alto que o próprio barulho me acorda.
Já me acordo com Deus perto.
E me desperto dançando e perguntando se há no mundo melhor coisa que ser feliz. Vejo estrelas no meu teto, repito a oração como se reza, e me espreguiço felino, gaiarsa, gostoso — sorrindo. Mas me levanto só depois que gargalho. Se não acho motivos para gargalhar também, não os acharei para levantar. Enquanto isso, faço contas complicadas de cabeça, abraço a Vênus de Milo, calculo logaritmos a olho, traduzo algumas frases do latim, reconstruo mentalmente um ranchinho de sapé, imagino cúpulas geodésicas no quintal da nossa casa, visualizo Marlon Brando sem destino. Acordo já fazendo ginástica com meu cérebro, pois não quero teias de aranha nos meus neurônios. Quero distância do AD. E sinapses, só as brilhantes me excitam. Potencializo-as, a cada instante, com lógica e amor.
(Toda emoção, você sabe, é produto do raciocínio.)
Acordo e me levanto, deslumbrado e respirando, já cheio de luz — iluminado, portanto, de novo, de Deus — e de mim.
Meus dias começam assim.
Hoje de manhã sentei-me em frente ao espelho do mundo que trago no peito, e fiquei fazendo reflexões: Vi que vocês... vocês têm nas mãos um produto chamado Vida, um verdadeiro tesouro — e não sabem bem o que fazer com ele. Então saem feito doidos querendo vendê-lo a todo custo, por qualquer preço, nesse mercado em que se expõem. Desgraçam-se. Viram comerciantes de si mesmos. Exploram-se. Bêbados de uma espécie triste de álcool, dilaceram seu próprio presente com voracidade absurda de piranha faminta. Despedaçam-se. Consomem-se. E acabam desperdiçando, um a um, todos os instantes mais gloriosos que a Vida tem.
Até quando?
A rotina nos mata, eu sei.
Mas pode também nos salvar, dependendo das circunstâncias.
Apesar de viver como louco, tenho certas rotinas.
Todos os dias, acordo naturalmente. Abro a janela da madrugada. Sempre de bom humor. De ótimo, de excelente humor! Quem dorme com Deus acorda sorrindo. Então eu sorrio, gargalho, saúdo-me, estico-me, alongo-me, beijo-me. Amo-me, loucamente. Celebro-me. Dou uma espreguiçada doce, orgástica, demorada, leio alguma coisa leve, Lorca, Neruda, excito meus neurônios, faço alguns planos, desfaço muitos outros — e então me levanto, em todos os sentidos. Arrumo minha cama zen. Quinze minutos de pilates, mil socos poéticos no ar, e me torno Bruce Lee.
Nem me lembro da palavra pressa.
Vejo se sobrou na pia alguma louça ou copo da noite anterior, e la-vo-os, delicadamente. Arrumo as flores, rego as plantas, falo sozinho, canto, grito e danço. Viro uma festa. Depois, com ajuda de Beethoven, jogo o lixo, meditando, como fosse um jogo. Faço café com amor e água benta, fervida na chaleira que ganhei de minha mãe. Aprendo uma palavra nova numa língua diferente, e então sento-me aqui para te contar os meus sonhos.
Mais tarde, vou ver o mar azul do Guarujá — e caio no mundo...
É a vida.
Depois, ali pela hora do almoço, eu viro um construtor de pirâmides. Vou cuidar das obras e fazer de conta que sou arquiteto. Conversar com pedreiros, subir em andaimes, atender meus clientes. Ganhar o pão que Deus amassou. Mas o que eu gosto mesmo é de escrever. E de pensar na vida e na liberdade dos meus amores.
Fico filosofando.
“Não sei o que dói mais...” — eu adoro fazer comparações. Nasci para o Verbo. As palavras já nascem deliciosas na minha língua portuguesa. No meu pensamento e no meu coração. Crio analogias. Invento coisas. E continuo não sabendo o que dói mais. Se o eventual castigo pelo desejo realizado, puro, livre, satisfeito — ou se esse mesmo desejo sufocado no peito, contido, esmagando a minha alma..
— Não sei o que dói mais!
É o dilema entre exercer a liberdade ou viver na escravidão. Daqui a pouco eu volto a falar desse assunto. Deu uma vontade enorme de escrever “capoquinho eu vórto a proseá essas coisa...” — como se eu estivesse de novo em Dublin, na casa daquele louco que escreveu Ulisses.
Na verdade, eu sei, sim, o que dói mais.
Até porque, aos treze anos, menino ainda, sentado no cinema do interior, acabei misturando Pitágoras, Pasolini, Antonio Visconti, Samuel Barbosa e Sônia Maria, só para fazer uma promessa: “Todas as minhas relações de amor serão triangulares: eu, o outro — e a Outra.”
A relação de amor é um tripé, e desaba se um deles faltar.
Mas já notou que entre você e a liberdade sempre existe um muro, baixo, feito de tijolos e ciumentos?
Salte logo essa barreira: a vida está lá do outro lado!
— É impossível ser feliz sem liberdade.
Pensei que esse assunto só viria mais tarde, mas tem que ser agora. Afinal, você pode sofrer um colapso na página dez e morrer sem saber o que eu digo. Ser transformado em cinzas por um ataque suicida, ou levar tiro de um ciumento, quem sabe.

O que eu digo não é uma provocação: é um desafio emocionante: é a possibilidade aberta de escolher o próprio caminho na vida. Nada mais — nada menos! É um convite à transformação pessoal. A busca por algo fundamental à dignidade humana. O que proponho vai no sentido de romper com esse marasmo em que tua vida acabou se transformando. Uma radical e consciente ruptura com essas normas morais injustas, e com tudo o que de alguma forma te oprime e faz sofrer.
Você hoje mais tosse do que ri...
Só quando assumes ter um dono é que ficas dispensado de lutar.
Até peço ajuda a uma segunda pessoa do singular, só para te chamar à Razão. Ser escravo é muito fácil: qualquer idiota consegue.

Reaja!





A ousadia move o Mundo.





Xtratego Ferment

 

Sou um estrategista nato. Jogo xadrez com a Vida a todo instante, o dia inteiro. Sempre vejo três ou quatro lances à frente. E não deixo as circunstâncias simplesmente acontecerem por si mesmas. Se de alguma forma me envolvem, ajo sobre elas de modo racional. Procuro fazer com que atendam meus propósitos.


Eu não nasci para ser um derrotado. O fracasso não me encanta. Acostumei-me a ser primeiro.


 

www.EdsonMarques.com

 Primogênito.



Abujamra interpretando meu Poema Mude.





Abujamra contando como era meu bisavô Luiz Marques.


Não devemos ficar muito impressionados com uma ideia, só porque ela é nossa. Toda hipótese boa não passa de um pequeno passo no caminho do verdadeiro conhecimento. O que temos que perguntar, sempre, é por que uma determinada ideia nos agrada tanto. Temos obrigação intelectual de compará-la, imparcialmente, com as alternativas. É bom verificarmos se é possível encontrar razões que a invalidem. Aliás, essa verificação é fundamental. Porque, se não fizermos isso, outros certamente o farão — e nós poderemos ser inclusive ridicularizados. Nossa reputação intelectual pode ir para o ralo... O que nos deve interessar, portanto, antes de tudo, é a verdade, e não o nosso apego inabalável a certas conclusões que adoramos.







Se sua empresa não tem problemas...


Se sua empresa está funcionando maravilhosamente bem, da prospecção de mercado e captação de clientes, até vendas e pós-vendas, passando pelos procedimentos operacionais todos – se isso realmente acontece – então nada temos a lhe oferecer.

Somos especialistas em analisar problemas. Só depois disso é que iremos propor soluções. Mas não soluções corriqueiras, que quase sempre não levam a nada. Nossas soluções são racionais, são lógicas, inovadoras. E funcionam, exatamente por isso.

Logo, se sua empresa não tem problemas, só nos resta desejar bons negócios.



Porém, se sua empresa tem alguns problemas, não importa o tamanho deles — pequenos, enormes ou gigantescos — agende uma reunião conosco.

Não significa que aceitaremos sua empresa como cliente, mas pelo menos tomaremos um café...

Edson Marques. Guarujá. 23.01.2013. 09h43.












Em todos os meus livros a ideia básica é a seguinte: Existe um modo racional de tomar decisões. Sejam estas amorosas, comerciais, familiares ou profissionais.

E se existe um modo racional de decidir e implementar as respectivas decisões, não é logicamente recomendável a opção por qualquer outro que não seja. 





Em 26.09.2020.



Espero que você concorde comigo, agora, da mesma forma que você espera que seus clientes concordem com você e com teus argumentos de venda. Nesse aspecto, somos iguais. Temos um propósito comum. Se eu não conseguir te convencer de que meus argumentos são bons, não faremos negócio. Igualmente, você: se teus clientes em potencial não vislumbrarem vantagens competitivas, ética e competência nas propostas da sua empresa, não comprarão seus serviços nem seus produtos.


Tudo está interligado.


Eu não quero ser — e jamais serei — teu concorrente. Eu quero ser uma espécie de terapeuta comercial da tua empresa. Que tem muitos pontos fortes, certamente, mas que tem também alguns pontos de fraqueza, algumas deficiências. Não decorrentes dos seus planos, mas acidentais. Imprevistos que ocorrem em todo tipo de empresa. Fora da curva. Fora dos planos. Mas que interferem de modo negativo no sistema do negócio. Fazem perder clientes, ou, no mínimo, deixam alguns clientes não completamente satisfeitos. O que eu quero te dizer é mais ou menos isso.


Além do mais, estou profundamente envolvido na criação de algo que chamarei de O Grande Argumento. Para quê, você pode perguntar. Ora, para conquistar o coração de um grande amor, para vender um cacho de bananas ou para comprar uma empresa — tanto faz! Ou seja, um discurso racional fulminante para vencer objeções. A "fórmula mágica" para vencer objeções. O Grande Argumento.






Dentre as minhas atuais atividades filosóficas está a criação de um novo Método de Vendas — baseado na ideia 345 — cujo fundamento é a junção dialética de três ou mais sistemas operacionais simétricos interdependentes. O nome é Vendas Intercontratuais. Detalhes serão logo mais publicados no site








Quero agora ressaltar o duplo sentido da expressão Solidão a Mil. Não me refiro à tristeza de uma solidão multiplicada, lamentável, quando nos sentimos completamente sozinhos, mesmo em meio a muitos. Eu me refiro à alegria profunda de quem vive a própria solidão a toda velocidade: a mil. Também discuto, e muito, a diferença crucial entre solidão e solitude. Nesse livro, eu misturo liberdade, ficção e biografia. É uma nova forma de escrever. E uma nova forma de se ler.

211. Aceitar o inevitável é uma sábia decisão.


212. O auge de uma paixão está sempre no começo dela.


213. Não espere a graça do cisne no pescoço de um pato.


214. Em vez de salvar a relação, eu prefiro salvar o meu Amor.


215. Só tem uma coisa pior do que morrer: é viver pouco.


216. Sempre danço conforme a música. Mas, antes, escrevo a partitura.


217. Toda emoção é produto de um raciocínio.


218. Quem jura amor eterno deveria ser processado por estelionato emocional.


219. Toda musa já traz uma víbora dentro de si. É só uma questão de tempo.


220. Dispenso a compreensão daqueles que não conseguem me compreender.








Meu livro é uma cartilha, que deve ser lida pelo Espírito Amoroso (*) que mora no teu peito, e que quer se libertar. Que quer desabrochar. Meu objetivo principal é dar um toque delicado nesse Espírito rebelde que as circunstâncias aprisionam. É ajudá-lo a libertar-se ainda mais. Mostro como se deve amar a liberdade acima de todas as coisas. Se você for corajoso, salta comigo — e dançamos juntos no espaço infinito que criamos ao saltar. E se não for tão corajoso assim, se já estiver abraçado com firmeza ao poste enorme das crenças insensatas, pelo menos fica sabendo que na hora certa não se salta: tem que ser na hora incerta. Porque, além de amoroso, tem que ser ousado, esse Espírito! E se já não for mais tão ousado assim, acaba sabendo quanto tempo de vida já perdeu — e que ainda pode saltar antes que morra. O exemplo é meu bisavô, que só saltou aos 65 anos de idade... Nos braços da Vitalina, seu grande amor!


Mas se o leitor é do tipo que não salta de jeito nenhum, que prefere até morrer antes mesmo de morrer, tudo bem: dou-lhe uma dose mortal de compreensão. Como se pode notar, esse meu livro é uma cartilha... Mas só serve pra quem já sabe ler.

(*) Nietzsche chamava de "Espírito Livre".

441. Os saudáveis enlouquecem. Os outros ficam por aí, parecendo normais.


442. É uma delícia desfazer planos que os outros, à nossa revelia, nos fazem.


443. Se Jesus fosse casado, a Humanidade teria desperdiçado um Deus.


444. Prefiro ser um gladiador ensanguentado a ser um boi feliz.


445. Quanto mais insustentável for uma relação, mais difícil é sair dela.


446. Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.


447. Sempre que possível, deixo o oponente supor que me venceu.


448. O Pico é uma delícia. Por isso todo grande amor tem que ser deixado no Pico.


449. Temos que ser infiéis às nossas convicções — ou não mudaremos nunca!


450. Eu descubro as verdades: adoro vê-las nuas.


451. O ciumento quer o olho. Os amantes, os olhares.


452. Só o que está morto não muda.


453. Eu não vim distribuir água: eu vim distribuir sede.


454. Borboletas mortas não precisam de asas.


455. A raiva é apenas a conclusão desastrada de um raciocínio imperfeito.


A propósito: prefiro, primeiro, viver as aventuras, para só depois escrever sobre elas. Acho que assim fica mais fácil — e muito mais gostoso — do que apenas inventá-las para fazer ficção. A vida de um escritor original tem que ser baseada em fatos reais. É também por isso que estou aqui, hoje, nesta madrugada cor de anil, impressionante, escandalosa, dançando feito louco no enluarado coração da zona sul do meu Amor.

Muita gente escreve sobre a vida. Poucos vivem.

Não só nesse livro, mas na minha própria vida, eu defendo a LIBERDADE. Por consequência, também defendo o amor livre. Entretanto, não sou inflexível: se algum dia alguém me convencer de que o amor preso é muito mais gostoso, mais interessante, e principalmente muito mais prazeroso do que o amor livre — mudarei de ideia, imediatamente. Se alguém me convencer de que o ciúme é uma delícia, tomarei todas as providências cabíveis para me tornar um ciumento.





Este livro (Solidão a Mil) tem 400 páginas, e uma impressão antecipada da 3ª. edição já está à venda, por R$ 67,00. Se você tiver tempo, leia logo abaixo o primeiro capítulo. E se se decidir por dar um desses livros como presente, e não os encontrar à venda na sua livraria preferida, dê um click na segunda imagem da coluna da direita, ou fale com a Daniela, e a entrega poderá ser feita diretamente no endereço do destinatário, por Sedex.


Quem não ficar impressionado com este livro é porque não o entendeu.


Esta frase é uma referência respeitosa que faço ao cientista dinamarquês Niels Bohr, prêmio Nobel de Física de 1922, quando disse: "Qualquer um que não fique chocado com a Mecânica Quântica é porque não a entendeu."






Quando temos uma ideia (a partir de um problema percebido ou proposto) e resolvemos desenvolvê-la, a primeira reação que temos é começar a criar um produto o mais breve possível. Focamos automaticamente na solução, em vez de pensar no problema. Partimos do pressuposto que já entendemos tudo a respeito do problema – o que certamente não é verdade.


A forma que venho analisando e implementando os meus projetos (e as minhas ideias) é a seguinte: sempre penso da forma inversa, contrariando a tradição. Quase como um processo de engenharia reversa. Começo por entender melhor o problema para só depois criar a solução. Não procuro validar minha ideia inicial sem antes esgotar todas as perspectivas diferentes de focar o problema. ‘Claro que utilizo técnicas inovadoras para capturar métricas que expressem qual é o problema mais grave que o cliente está enfrentando. Através de entrevistas (com diretores, staff e clientes do cliente) também consigo entender melhor sobre o fundamento do citado problema.

Edson. 21.01.13. 23h43. 21h55.


Eu estudo Filosofia há mais de trinta anos (os primeiros oito foram na USP). É natural, portanto, que eu tenha uma capacidade maior de criar conceitos do que uma pessoa que não estudou Filosofia por mais de trinta anos. Sou capaz de ter mais ideias, e isso não deve ser visto como uma simples característica de genialidade. É apenas consequência lógica do estudo. Do conhecimento. Da racionalidade.

Edson. 02.02.13. 09h54.








Sou minha própria liberdade e tudo aquilo que permite. Sou a luz do meu caminho, sou meu passo, meu galope, meu próprio cavalo, meu cansaço, meu repouso, minha luta e minha dança. Meu sono e meu despertar, minha garganta e minha voz. Sou as palavras que profiro e até mesmo as que eu não digo. Sou a paz, harmonia que se reparte, como tudo, sou aquele que fica e o que parte, o que supõe — e o que dispõe. O criador e a criatura. O coração do cisne negro, as asas do pássaro no voo, o vento e a vela.



E o sopro.



E suponho que você daqui saia diferente do que era quando entrou. 


No fundo, eu quero é te provocar, intelectualmente. Quero que você suba ao palco da Vida agora mesmo. Por isso é que nas cadeiras poéticas do meu teatro eu coloco um monte de pregos instigantes e palavras que te levam a pensar. Eu te provoco com metáforas de açúcar. Eu te cutuco com verbos e delícias insistentes. Eu te cutuco com flores e estrelas — todo dia — porque quero que você pense de modo diferente. Quero que você mude. Quero que você viva. Quero que você dance no arco-íris de um violino que se chama Liberdade.







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PORTANTO, OLHE PARA OS LADOS


Agora mesmo, onde você estiver, olhe para os lados. Observe o ambiente em seus mínimos detalhes. Apure a sensibilidade, ajuste a consciência, abra seu coração, respire fundo, olhe para os lados outra vez, e responda-me, sinceramente: 

— As pessoas com as quais você hoje convive (em casa, no trabalho ou na internet) são amorosas, compreensivas, inteligentes, excitantes, audaciosas, livres, saudáveis, brilhantes, honestas, sensíveis, delicadas, independentes, e cheias de entusiasmo pela vida?


— São?!


Porque, se assim não forem, responda-me: 

O que é que você continua fazendo aí?



O que é que você continua fazendo aí?








Leia AQUI um texto sobre a Minha Mãe.


Em 16.12.24, um resumo do Original.



A resposta virá de Liberdata@gmail.com

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